sexta-feira, 19 de junho de 2009

Soneto Livre


                            



Quisera eu poder
ter a liberdade
dos pássaros e
a imensidão dos céus.

Voar sem direção
pairando sobre o vento
entregue a propria sorte
desvalido de todo o tempo.

E mesmo não o tendo,
Com o que posso
me contento.

A liberdade [de minh'alma]
e a imensidão
de meus pensamentos



segunda-feira, 8 de junho de 2009

Néblis

Pela insídia do destino
havia uma luz
que ofuscava meus olhos
mas nem sempre
conseguia.

Porém
o vento se encarregou
de espalhar cinzas
no meio da estrada.

Inevitável escuridão,
trazendo consigo
o frio,
a dúvida
e o medo.

Embora perceptível [Tua luz]
o traçado dos caminhos
pertencem a ti
ó alvorada!

Momfel

Onde só havia medo
nasceu a coragem.
Onde existia rancor
brotou a felicidade
Onde havia tristeza
reinou a alegria.

Renasci!
Como um urso
que desperta do
seu sono milenar,
Como o retorno
do solstício, renasci!

Na caverna
escura e fria
avistei um caminho.
Segui, mas não ceguei,
refleti...
E no lugar vago e sombrio
das trevas fizeram-se luz.

Noite Infeliz


A árvore seca e a neve derrete

os sinos em três se quebram,

e os anjos sem suas asas

cessam todo o canto.

A luz da estrela que se apaga

e a clora lágrima que brilha.

Sinal de uma noite

noctígena e fria.

Minha cama, meu trenó sem freio,

e num saco vermelho a dor.

Nada é mais o mesmo!

Muito menos nesta mortalha de ilusões.

Presentes abertos,

velas se findam.

O vermelho do saco

agora é vermelho de sangue.

Sangue o mito do Natal.

BYD'

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Feliciânfora


A esperança

é a última que morre,

eu de certa

tenho prazo de validae.

meu espelho

não me reconhece.

Meus olhos são vívidos,

claros...[Reflexo nas lágrimas]


Sou vaso raro

de pinturas gregas

que caiu e se quebrou.


Dos cacos na terra seca

meus dias sem felicidade

que viraram pó.


Nos dias na terra

sem felicidade

meus cacos secos

do pó retornarão.



BYD'

Deserto


Em minhas artérias

correm areia

deste infindo

que me persegue.


Nesta noite de lua

ouço uma voz e reconheço:[É a minha!]

Já oasis,

são meus sonhos

e pura miragem.


A noite o frio

corta minha carne,

pelo dia o calor

que queima meus pés.


Inferno e tormenta.[Minha sina!]


Vagueio sem rumo

minha sepultura

as dunas são.

Nas tempestades

sou um cego.

Sou deserto movedisso,

oasis de sangue

que mata sua sede.


BYD'